quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Agente penitenciário que assassinou modelo é condenado a 9 anos de prisão, mas ficará em liberdade


Após 14 horas de sessão, o Tribunal do Júri de Fortaleza condenou, ontem, a nove anos de prisão, além de perda do cargo público, o agente penitenciário Renilson Garcia Araújo, acusado de ter assassinado com um tiro na cabeça o modelo e esportista Johnny Moura Melo. O crime ocorreu no ano passado, após uma festa rave em um buffet de luxo, na Capital.

O julgamento aconteceu no Fórum Clóvis Beviláqua e teve início ainda na manhã de quarta-feira, terminando no fim da noite, quando o juiz de Direito, Antônio Carlos Pinheiro Klein Filho, titular da 4ª Vara do Júri da Capital, anunciou a sentença. O agente penitenciário foi condenado pelo crime de homicídio privilegiado, isto é, motivado pela violenta emoção e praticado após injusta provocação da vítima. A tese foi apresentada pelo advogado de defesa do réu, Delano Cruz.

No entanto, o Conselho de Sentença manteve também uma das “qualificadoras” (agravantes) contra o agente: o de que ele praticou o assassinato com surpresa para a vítima, impedindo que o modelo pudesse, ao menos, se defender. A tese foi apresentada pelo Ministério Público Estadual (MPE), através do promotor de Justiça Ythalo Frota Loureiro; e pelos assistentes da acusação, advogados Paulo Quezado e João Marcelo Pedrosa.

Dez testemunhas foram ouvidas em plenário, diante dos sete jurados, o que fez a sessão se prolongar por todo o dia.

Crime

O assassinato do modelo ocorreu na manhã do dia 27 de dezembro do ano passado em frente ao buffet “La Maison”, no bairro Dunas, zona Oeste de Fortaleza. O agente havia brigado com o modelo durante a festa. Separados pelos seguranças, os dois rapazes voltaram a se encontrar, , já do lado de fora do buffet, quando o evento terminou. O suposto motivo da briga foi ciúmes, já que o agente teria, supostamente, tentado assediado a namorada de Johnny.

No momento em que entrou no carro da namorada, o modelo foi surpreendido e atingido com um tiro de pistola na cabeça. O agente penitenciário – ainda em estágio probatório – fugiu do local, mas acabou preso dois dias depois por policiais da Divisão de Homicídios e Proteção à Pessoa (DHPP), na casa dos pais, no bairro Antônio Bezerra (zona Oeste da Capital), quando se preparava para fugir da cidade. Desde então, ele permanece preso preventivamente.

Fonte: Blog Fernando Ribeiro

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