quinta-feira, 2 de abril de 2020

Advogada que pediu para ser agredida para receber prisão domiciliar deixa presídio no Ceará


Dois advogados acusados de integrar organização criminosa no Ceará foram soltos pela Justiça. Elisângela Maria Mororó foi colocada em liberdade pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ). Enquanto Lucas Arruda Rolim foi solto por decisão da Justiça Estadual.

Elisângela Maria Mororó havia pedido para ser espancada dentro do presídio em janeiro para tentar obter liberdade, de acordo com a Secretaria da Administração Penitenciária.

Tanto Elisângela como Lucas estão suspensos pela Ordem dos Advogados do Brasil - Secção Ceará (OAB-CE), segundo o site do Cadastro Nacional de Advogados (CNA). Ao ser questionado sobre a situação de cada membro, a OAB-CE informou que "os processos administrativos disciplinares tramitam em sigilo até seu término".

O ministro Rogério Schietti Cruz, do STJ, substituiu a prisão preventiva de Elisângela Mororó por prisão domiciliar, no último dia 26 de março. E determinou que a advogada está proibida de manter contato com os outros membros da organização criminosa; de prestar serviços aos mesmos, inclusive como advogada; de se ausentar de Fortaleza; e de sair da residência à noite e nos dias de folga; além de ficar obrigada a comparecer a todos os atos dos processos.

A decisão de Schietti acolheu os argumentos da defesa de que Elisângela é "indispensável aos cuidados de sua mãe, portadora de deficiência" e que "goza de condições pessoais favoráveis, tais como residência fixa, ocupação lícita e, ao que se tem, é primária". "Além disso, os crimes que lhe são imputados não foram perpetrados com violência ou grave ameaça a pessoas", reforça.
G1 Ce 

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