quarta-feira, 15 de julho de 2020

Detalhes da prisão de Ticiano Tomé: Prefeito empreendeu fuga mas foi pego pela Polícia



Quase sete meses após o assassinato do então Prefeito de Granjeiro, João Gregório, conhecido como João do Povo, o inquérito de apuração da morte está sendo finalizando pela Polícia Civil do Crato.

Um número em torno de 60 policiais participaram da Operação Granjeiro, que cumpria mandatos no Cariri, em Fortaleza e em Salgueiro (PE) nesta quarta-feira (15), entre eles o de prisão do atual prefeito, Ticiano Tomé, do pai dele, Vicente Félix, e do tio, José Plácido.

Em Fortaleza, o Delegado Ricardo Pinheiro acompanhou a operação, onde Ticiano tentou fuga quando avistou a polícia. “Ele ao ver a equipe tentou empreender fuga, foi contido alguns metros após e se desfez de celulares, chave de veículo e alguns itens”, afirmou o delegado.

Segundo Luis Eduardo da Costa, Delegado Regional do Crato “o inquérito está bem robusto e já temos como apontar a participação de cada um”, afirma.

No total, foram cumpridos 15 mandados de busca e apreensão e 12 de prisão, sendo 3 de prisão domiciliar e 9 de prisão preventiva, distribuídos nas cidades de Salgueira, Granjeiro, Crato, Juazeiro do Norte e Fortaleza.

Com o apoio da Coordenadoria de Operações e Recursos Especiais (CORE), além de Vicente Félix, foi preso em Granjeiro Francisco Maximiliano, conhecido como Max.

Já o tio de Ticiano, irmão de Vicente Félix, empreendeu fuga deixando para trás um revólver calibre 38 com munição. Segundo o delegado Luis, a Coordenadoria Integrada de Operações Aéreas (Ciopaer) foi acionada para captura do suspeito.

Mandatos de prisão também foram cumpridos em Juazeiro do Norte, e de prisão domiciliar e busca e apreensão em Crato. “Resta cumprir o mandado do tio do Prefeito”, afirma o Delegado.

Uma quantia em dinheiro foi encontrada na casa de um dos suspeitos, Geraldo Freitas, que pode ter sido usado para o financiamento do do crime. “Já temos autores, executores, quem pilotou o veículo, falta fazer o levantamento exato do financiamento, mas já temos muitas coisas”, diz o Delegado Luis, afirmando que acredita que com o material colhido será possível o fechamento do inquérito.

Um policial militar também foi preso. Segundo a civil, ele não teria participado diretamente, mas pela apuração da policia estaria diretamente envolvido na articulação do crime. O suposto “braço direito” do PM, Anderson Maurício, também foi preso hoje.

Todo o material apreendido vai servir para fechar o inquérito, e não há a intenção de ouvir os suspeitos presos, a não ser que eles queiram fazer uso de algum benefício de fala, como explica o Delegado Luis.

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