Os supostos criminosos mortos são suspeitos de integrar uma quadrilha especializada em assaltos do chamado “novo cangaço”. A suspeita da polícia é que o bando participou do assalto em Araçatuba, no interior de São Paulo, quando explodiram dois bancos. Na ação, os bandidos usaram reféns como escudos humanos, enfrentaram a polícia e minaram o Centro da cidade com explosivos para espalhar pânico entre a população.
O promotor de Justiça e coordenador do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado do MP-MG, Igor Serrano, que está de férias, disse ao Estadão que o órgão se reunirá na quarta-feira (3), em Varginha, para definir uma comissão e as estratégias de ação.
– Antes de qualquer manifestação, vou me inteirar dos acontecimentos – disse ele.
Todos os 26 corpos foram levados para o IML de Belo Horizonte, que havia identificado oito deles até as 18h desta segunda (1º), todos procedentes de Uberaba, no Triângulo Mineiro. Um homem que seria o caseiro de um dos dois sítios que a quadrilha mantinha como base está entre os óbitos. Segundo a PM, ele integrava o bando.
PM REBATE CRÍTICAS
O chefe de jornalismo da Polícia Militar de Minas Gerais, tenente-coronel Flávio Santiago, disse que as críticas refletem desconhecimento de questões operacionais envolvendo “quadrilhas de alto índice de beligerância”. Ele citou a apreensão de armas de guerra – como uma .50 com poder de fogo contra tanques e blindados – além mais de 5 mil munições.
– São pessoas que não se entregam, utilizam às vezes até cocaína e outros alucinógenos para aumentar a capacidade de enfrentamento – justificou o tenente-coronel.
Para ele, sugerir que a ação teve indícios de execução e “analisar um fato desse numa mera matemática de equilíbrio é infame”. Santiago diz que a ausência de policiais feridos se deve ao fato de que o elemento surpresa estava com a corporação.
*AE
0 comentários:
Postar um comentário