Embora o ministro Paulo Guedes tenha falado em adotar subsídios do Tesouro Nacional para o diesel caso a guerra na Ucrânia se prolongue, internamente o chefe da Economia tem admitido que a pressão dos caminhoneiros pode mudar seus planos.
De acordo com auxiliares, Guedes diz não ver problema no subsídio em si, mas o que ele rechaça é que, diante da incerteza do cenário internacional, a medida acabe incorporada por um período muito longo. E mais: para o ministro, a depender da evolução do preço do barril de petróleo, o benefício pode ter de passar por reajustes frequentes.
Segundo os cálculos do governo, a aprovação pelo Congresso do projeto que zera tributos federais sobre o diesel e determina alíquota única no ICMS de combustíveis deve amortecer R$ 0,60 do aumento de R$ 0,90 no diesel anunciado pela Petrobras. Para uma parte dos auxiliares de Bolsonaro, os outros R$ 0,30 poderiam ser compensados com a adoção imediata do subsídio.
As estimativas feitas por esses ministros mostram um custo de R$ 2 bilhões ao mês. A ideia é de que o programa tivesse validade de três a seis meses, com o pagamento sendo feito a produtores e importadores de combustíveis para que o reajuste não chegasse à bomba.
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