Unidades da Secretaria da Saúde do Ceará (Sesa) já iniciaram o ciclo de aplicação do palivizumabe, anticorpo pronto que apresenta atividade neutralizante e inibidora contra o vírus sincicial respiratório (VSR). Bebês de até um ano que nasceram prematuros com menos de 28 semanas de gestação, além daqueles com cardiopatia congênita ou displasia pulmonar com até dois anos de idade são eletivos para receber a medicação.
O VSR pode causar desde resfriados simples até pneumonias e bronquiolites (inflamações nos brônquios). No Ceará, o acometimento é mais comum no período da quadra chuvosa, de fevereiro a maio. O medicamento impede a replicação do vírus no trato respiratório baixo e previne a evolução da doença para formas graves, reduzindo a taxa de hospitalização e de óbito para os grupos de risco.
Na Rede Sesa, em Fortaleza, o palivizumabe é aplicado nos hospitais Infantil Albert Sabin (Hias), Geral de Fortaleza (HGF), Geral. Dr César Cals (HGCC), Geral Dr. Waldemar Alcântara (HGWA) e no de Messejana Dr. Carlos Alberto Studart Gomes (HM). No Interior, a administração é feita no Hospital Regional Norte (HRN), em Sobral.
Cobertura no Interior
No HRN, administrado pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), o ciclo de aplicação do anticorpo também começou em fevereiro e segue até junho, contemplando cerca de cem crianças da região. “Quando começa esse período de sazonalidade das chuvas, os vírus começam a circular. Os bebês são os que mais sofrem com as arboviroses e com a ação do VSR”, pontua a coordenadora de Enfermagem da Neonatologia, Maria Cristiane Soares.
Melissa, de 1 ano e 3 meses, é cardiopata e recebe o medicamento pelo segundo ano consecutivo. A menina fez uma cirurgia cardíaca no HM, na Capital, no ano passado, e, desde então, recebe o palivizumabe. A família, residente em Moraújo, a cerca de 60 km de Sobral, foi encaminhada para receber as doses no HRN. “É muito melhor porque é mais perto de casa”, diz a mãe da criança, Kelliane Albano, de 32 anos.
Segue áudio da coordenadora de Enfermagem da Neonatologia do HRN, Maria Cristiane Lemos.
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