O serviço de neurocirurgia do Hospital Regional Norte (HRN), unidade da Secretaria da Saúde (Sesa), administrada pelo Instituto de Saúde e Gestão Hospitalar (ISGH), em Sobral, começou a promover o tratamento cirúrgico da cranioestenose, condição congênita que compromete a forma e o tamanho do crânio, prejudicando o desenvolvimento adequado do cérebro. A correção da deformidade deve ser feita prioritariamente entre os 4 e 8 meses de idade das crianças. A primeira cirurgia do tipo no HRN foi realizada na sexta-feira (22).
A operação foi conduzida pelo neurocirurgião pediátrico Eduardo Jucá, do Hospital Albert Sabin (Hias), também da Rede Sesa, e pelos neurocirurgiões do HRN, Paulo Roberto Lacerda Leal, Helano Luiz Gomes Barbosa, Keven Ferreira da Ponte e Gerardo Cristino Filho.
O coordenador do Serviço, Paulo Leal, ressaltou que a cirurgia de tratamento da cranioestenose já era realizada no Hias, em Fortaleza, mas a partir desse primeiro procedimento a expectativa é de que a maior parte dos pacientes da Região Norte não precise mais se deslocar para a capital. “Nós estávamos dependentes da transferência dessas crianças para o Hospital Infantil Albert Sabin, mas com a qualidade e infraestrutura técnica do HRN, nós pudemos desenvolver essa parte da neurocirurgia aqui mesmo, evitando o transporte e o deslocamento dessas famílias do interior para a capital”, avalia.
É importante que a população conheça a condição para tratar as crianças na época certa, segundo Jucá. “Cranioestenose é o fechamento precoce de uma ou mais suturas cranianas. Sutura é aquela região do crânio que fica no limite entre os ossos e é ali que acontece o crescimento do crânio, dando espaço para a expansão do cérebro justamente na época em que o cérebro humano mais se expande, que é durante o primeiro ano de vida”, explica.
Há duas consequências da cranioestenose: a alteração do formato do crânio e a restrição à expansão do cérebro. “São dois objetivos importantes na cirurgia: a ampliação do espaço craniano para que o cérebro se expanda e a correção do formato, e é importante que essa correção seja feita ainda dentro do primeiro ano de vida para que a criança tenha os benefícios em sua plenitude”, detalha.









0 comentários:
Postar um comentário