Polícia investiga abuso sexual de 7 crianças de 3 anos dentro de creche na Aldeota

A Polícia Civil do Ceará (PCCE) está investigando uma série de crimes sexuais que teriam ocorrido dentro de uma creche particular no bairro Aldeota. De acordo com a apuração da reportagem, há boletins de ocorrência indicando que pelo menos sete crianças de três anos foram vítimas de abusos por parte de uma auxiliar de professora.

Entre as vítimas, há duas crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA). Uma delas, que é não-verbal, associou o nome da auxiliar ao ato de tirar a fralda e tocar nas partes íntimas. Outra criança da mesma sala passou por exame de corpo de delito, que deu positivo para 'ato libidinoso'.

A reportagem conversou com as mães de três vítimas, que confirmaram as denúncias e pedem "apuração rigorosa" dos fatos. A diretora e proprietária do estabelecimento já foi ouvida na delegacia e confirmou ter demitido a suspeita. A direção da creche não respondeu às tentativas de contato da reportagem até a publicação desta matéria.

"A investigação está a cargo da Delegacia de Combate à Exploração da Criança e do Adolescente (Dceca)", disse a PCCE em nota. A reportagem questionou se a suspeita foi ouvida e presa, mas não obteve resposta.

Caso Sob Apuração

As denúncias indicam que os crimes teriam acontecido ao longo do mês de maio deste ano. O Ministério Público do Ceará (MPCE) já tem conhecimento do caso e informou que o Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência (NUAVV) tomou as providências iniciais.

Optou-se por preservar o nome da escola neste primeiro momento, já que a investigação está no início. A diretora e proprietária da escola prestou depoimento na Dceca, afirmando que decidiu desligar a auxiliar ao saber das denúncias. Ela revelou que, entre 2009 e 2014, a mesma mulher já havia sido funcionária da creche e nunca tinha recebido reclamações sobre ela.

A diretora também mencionou que, após os relatos, 18 alunos foram desmatriculados da instituição. Ela não informou os órgãos de proteção sobre os supostos abusos anteriormente porque uma mãe pediu sigilo.

As informações são do Diário do Nordeste