quarta-feira, 3 de julho de 2024

Mulher mora em cemitério há 21 anos e fala sobre rotina entre túmulos; Não tenho medo de quem morreu



Maria Trindade da Silva, de 64 anos, mora em uma casa dentro de um cemitério na cidade de Iguatu, interior do Ceará, há 21 anos.
Ela se mudou para o local com o marido, Francisco de Assis Vieira Sobral, que morreu há três meses, aos 61 anos.


Francisco era o coveiro do cemitério. Ele faleceu após complicações de saúde por uma diabetes e também problemas no pâncreas. Desde então, apesar de ainda morar no mesmo local, Maria conta que passa por dificuldades financeiras.


“Já moro aqui há 21 anos dentro desse cemitério. Vivi com meu marido e ele acabou adoecendo. Foi se agravando mais o problema. Ele acabou falecendo e eu fiquei só. Vivo de doações e estou querendo morar com minha filha no Rio Grande do Norte. Minha vida virou do avesso”, comentou Maria Trindade.


Maria e Francisco se conheceram em setembro de 2002. Antes de irem para o cemitério, eles ainda moraram em casas alugadas. Quando ele começou a trabalhar no local, surgiu a opção da mudança.


Com o tempo, os dois foram se adaptando à rotina, mas encontraram algumas dificuldades. Maria conta que chegou a adoecer por causa de insetos e outros animais que vinham do cemitério, como aranhas-caranguejeiras.


Hoje, ela vive de doações de pessoas que conhecem sua história e moram próximo dela. Francisco era contratado de uma empresa que cuida do cemitério em um formato de concessão pública.   

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