segunda-feira, 12 de agosto de 2024

98% dos municípios do Ceará têm casos de bicho-de-pé, diz pesquisa: você já teve ?

 PESQUISA DA UFC



Quase todos os municípios do Ceará, cerca de 98,3%, registraram casos de bicho-de-pé, como é popularmente conhecida a tungíase. O estado foi o foco da primeira pesquisa no mundo sobre o problema, conduzida pela Universidade Federal do Ceará (UFC), abrangendo uma vasta área geográfica.


Dos 184 municípios cearenses, 181 apresentaram registros, exceto Iracema, Lavras da Mangabeira e Várzea Alegre. No entanto, os dados desses três municípios foram considerados insuficientes, levando os pesquisadores a presumirem que a tungíase está presente em todo o Estado.


 E você, já teve bicho-de-pé?


A pesquisa mostrou que as áreas litorâneas têm as maiores taxas de bicho-de-pé. Na capital, bairros como Praia do Futuro e Vicente Pinzón concentram mais casos.


Os pesquisadores do Programa de Pós-Graduação de Medicina da UFC apontaram que a tungíase e sua gravidade são escassas em todas as regiões onde a doença ocorre: América Latina, Caribe e África Subsaariana. Por isso, desenvolveram um método de avaliação rápida no Ceará, baseado em um questionário direcionado a profissionais de saúde e outros agentes envolvidos, permitindo a coleta de dados básicos sobre a ocorrência do bicho-de-pé no Estado.


Apesar da alta incidência da doença no Ceará, ainda não existe um programa específico de controle.“O único do Brasil com um programa do tipo, até onde sei, é o Rio Grande do Sul”, afirma o Prof. Jorg Heukelbach, coordenador da pesquisa. 


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DOENÇA


A fêmea do bicho-de-pé, após ser fecundada, penetra na pele, onde inicia o processo de amadurecimento dos ovos, que serão jogados em partes do corpo exposta, áreas próximas ao solo são as mais vulneráveis, como pés, dedos, ao redor das unhas e calcanhares.


Casos graves podem resultar em complicações sérias, segundo a pesquisa. As áreas afetadas facilitam as infecções bacterianas, que podem levar ao tétano, ulcerações e deformações dos dedos. Casos relatados incluem amputação de dedos, perda de unhas, lesões nas nádegas, dificuldades de locomoção, internações e até mortes.


(Foto: Ribamar Neto)

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