Um homem de 23 anos foi preso por usar sua loja de assistência técnica de celulares como fachada para acessar dados e materiais íntimos, como fotos e vídeos, dos aparelhos de suas clientes. Ele fingia ser membro de facção criminosa para extorquir as vítimas, ameaçando divulgar os conteúdos.
Em entrevista ao Jornal Jangadeiro, o delegado Valdir Passos explicou que o suspeito usava seus conhecimentos técnicos para acessar as informações dos celulares. Segundo o delegado, a maioria das vítimas são jovens, de aproximadamente 18 anos.
As investigações, iniciadas em setembro, apontam que cerca de 40 mulheres foram alvos do esquema. Quatro delas, que estudam na mesma escola, formalizaram denúncia. A polícia investiga a coincidência entre as vítimas frequentarem a mesma instituição e está apurando se o homem armazenava as imagens para prazer pessoal ou para divulgação. Há ainda suspeitas de um vazamento de fotos nas redes sociais.
De acordo com o delegado, uma das mães das vítimas perdeu o emprego após mudar de bairro, temendo que sua filha fosse morta por membros de facções. A mudança de residência a impediu de continuar trabalhando.
O suspeito foi preso preventivamente. Durante busca e apreensão na casa do homem, no bairro Rodolfo Teófilo, em Fortaleza, a polícia encontrou diversos celulares e uma quantia em dinheiro obtida por meio das extorsões.
Ele foi indiciado por crimes como cyberbullying, ameaça, perseguição, violência psicológica, falsa identidade, falsidade ideológica, extorsão, importunação sexual e divulgação de imagens íntimas. Somadas, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
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