O ministro da Educação, Camilo Santana (PT), comentou sobre a lei que proíbe o uso de celulares nas escolas, destacando que a medida procura melhorar qualidade do aprendizado. Em entrevista à rádio Jangadeiro BandNews FM, anunciou cada escola terá autonomia para criar suas próprias regras.
“Cada rede vai ter suas condições. Por exemplo, ela vai permitir que o aluno leve um celular desligado na bolsa, na mochila dele ou a escola vai colocar ‘lockers’, para que o aluno, quando chegar na escola, possa depositar e retirar ao final da aula. É importante que cada rede tenha seu período de transição. Ter alguns dias, semanas ou até meses, para que possa se adaptar. Cada rede vai ter a responsabilidade de acompanhar isso”, explicou.
Ele explicou que a intenção não é, necessariamente, restringir o uso, mas proteger os alunos dos efeitos nocivos do uso excessivo de dispositivos, como déficit de atenção, ansiedade e depressão.
O ministro destacou que o Brasil é o segundo país que mais utiliza redes sociais, com a população passando, em média, mais de nove horas por dia conectada. Ele reforçou a necessidade de estabelecer limites, priorizando o aprendizado e a interação social nas escolas. Com a regulamentação, segundo ele, será possível adaptar práticas pedagógicas, criando um ambiente que favoreça tanto o ensino quanto a convivência saudável entre os alunos.
A lei, sancionada pelo presidente Lula (PT) nesta segunda-feira (13), proíbe o uso de celulares durante as aulas e atividades extracurriculares, como o intervalo. O uso será permitido apenas em casos excepcionais, como para fins pedagógicos, medição de glicemia ou emergências.
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