Polícia Civil prende jovem suspeito de apologia ao nazismo em Minas Gerais

-Um homem de 21 anos foi preso em Belo Horizonte nesta quarta-feira (26) sob suspeita de compartilhar conteúdo de apologia ao nazismo nas redes sociais. A ação foi realizada pela Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG), em parceria com a Polícia Civil de São Paulo (PCESP), que também cumpriu mandados de busca e apreensão na casa do suspeito na capital mineira e na residência da mãe dele, em Valinhos, interior de São Paulo.

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As investigações tiveram início após o Laboratório de Operações Cibernéticas (Ciberlab) do Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) receber informações do Homeland Security Investigations, dos Estados Unidos. O material foi analisado e encaminhado à PCMG, que deu início à operação.

“Essa ação reforça a parceria constante entre o Laboratório de Operações Cibernéticas, Homeland Security Investigations e a PCMG, demonstrando a importância da integração entre órgãos nacionais e internacionais no combate aos crimes de ódio”, destacou o delegado Arthur Benício.

Conteúdo nazista encontrado

Durante a operação, os agentes encontraram diversos materiais relacionados ao nazismo na casa do suspeito, incluindo etiquetas com a cruz suástica e insígnias das tropas de Hitler. Também foram apreendidos fardamentos militares, toucas ninja, munições, armas de airsoft, rádios comunicadores e equipamentos eletrônicos, como celulares, computadores, pen drives e HDs externos.

No celular do investigado, foram identificadas postagens que faziam referência à suástica, ao SS (Schutzstaffel, organização paramilitar ligada ao Partido Nazista) e mensagens de recrutamento para um grupo que propagava o nazismo nas redes sociais e aplicativos de troca de mensagens.

Em depoimento, o suspeito alegou que possuía os objetos por participar de um grupo de airsoft que encenava momentos da Segunda Guerra Mundial. No entanto, ele admitiu a divulgação de conteúdo nazista nas redes sociais.

Prisão e penalidades

O jovem foi preso por associação criminosa e por “praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião ou procedência nacional”. Ele também será investigado por “fabricar, comercializar, distribuir ou veicular símbolos, emblemas, ornamentos, distintivos ou propaganda que utilizem a cruz suástica ou gamada, para fins de divulgação do nazismo”, conforme previsto na legislação brasileira.

O caso segue sob investigação e o material apreendido será periciado para identificar outros possíveis envolvidos na propagação do conteúdo criminoso.