A Justiça estadual autorizou a retirada da tornozeleira eletrônica de um empresário paulista, suspeito de comandar uma 'central de golpes' na Região Metropolitana de Fortaleza (RMF). Ele foi preso em flagrante na Operação Reditus, deflagrada pela Polícia Civil do Ceará (PCCE) em outubro do ano passado.
Conforme documentos obtidos pelo Diário do Nordeste, a Vara de Delitos de Organizações Criminosas (VDOC) acatou, no último dia 6 de março, o pedido da defesa de Wagner Rubens Ribeiro da Silva Jacometti para revogar o monitoramento por tornozeleira eletrônica. Entretanto, o colegiado de juízes manteve a aplicação de outras medidas cautelares - que não foram informados nesta decisão judicial. O processo criminal tramita sob sigilo de Justiça.
O equipamento foi retirado na última segunda-feira (10). O colegiado de juízes que atua na Vara considerou que a medida de monitoramento por tornozeleira eletrônica completou 3 meses - prazo inicial estipulado pela Justiça - no dia 19 de fevereiro deste ano, "sem existir qualquer notícia de ato desabonador na conduta do requerente".
"Dessa forma, considerando-se as circunstâncias fáticas do caso concreto, bem como o lapso temporal de incidência das medidas, não resta demonstrada a necessidade da manutenção da cautelar", concluiu a Vara de Delitos de Organizações Criminosas.
A decisão judicial foi contrária à manifestação do Ministério Público do Ceará (MPCE), que pediu para a Justiça indeferir o pedido da defesa do investigado.
"Conforme narrado nos autos principais, há fortes indícios de que o ora postulante integra organização criminosa destinada à prática de furtos mediante fraude por meio virtual, considerando que se descobriu, durante busca e apreensão realizada em apartamento, a existência de diversos notebooks e aparelhos celulares ligados, com bots (robôs) ativados para realizar chamadas telefônicas no intuito de aplicar golpes", alegou o MPCE.
Saiba mais no site. Link na bio. (Foto: Divulgação/ PCCE
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