Em um intervalo de apenas dez dias, três mulheres foram brutalmente assassinadas em São Benedito, na Serra da Ibiapaba. Apesar da comoção causada pelos crimes, a Polícia Civil descarta, até o momento, a tipificação de feminicídio em qualquer um dos casos. De acordo com fontes da investigação, todas as mortes estão relacionadas ao envolvimento direto ou indireto com integrantes e simpatizantes de facções criminosas que atuam na região.
O primeiro crime aconteceu no dia 28 de abril, quando Ana Célia de Matos Vieiras, de 18 anos, foi morta a tiros no bairro Cruzeiro após sair de casa para comprar pão. Já no dia 1º de maio, Késsia Vitória Ferreira de Albuquerque, de 20 anos, foi morta dentro de casa, junto com seu companheiro João Guilherme, após nove criminosos invadirem a residência. O terceiro caso ocorreu com Lucelena Guimarães de Souza, de apenas 14 anos e grávida. Ela foi sequestrada e morta em uma casa abandonada no bairro Corrente.
A Polícia afirma que o caso de Késsia Vitória, ocorrido no dia 1º de maio, já foi parcialmente solucionado. Quatro suspeitos foram presos logo após o crime, enquanto outros dois foram mortos em confronto com a polícia. Três envolvidos ainda permanecem foragidos. Já no caso de Lucelena, a resposta policial foi imediata: em poucas horas, equipes do Raio de Ibiapina, com apoio do Raio de São Benedito, conseguiram prender o acusado e apreender a arma de fogo usada no assassinato. As forças de segurança seguem investigando outros casos semelhantes na cidade, com o objetivo de desmantelar as organizações criminosas envolvidas.
Sobre a morte de Ana Célia, ocorrida no dia 28 de abril, as investigações estão avançadas, mas até o momento não foi confirmado se houve prisão de suspeitos. A onda de violência tem gerado preocupação nas autoridades locais. Eles alertam que pais e responsáveis devem conversar com seus filhos e redobrar a atenção sobre as companhias que frequentam. O envolvimento, mesmo indireto, com pessoas ligadas ao crime organizado tem sido um fator de risco para adolescentes e jovens da região. A orientação é clara: manter distância de pessoas próximas ao crime pode ser a diferença entre a vida e a morte.







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